Estudo aponta como tempo em frente às telas afeta a vida e as habilidades das crianças

Um programa de atividade física, seguindo as diretrizes da Academia Americana de Pediatria,  foi elaborado e aplicado em um grupo de crianças pequenas para que sua função executiva, que é um conjunto de habilidades, como lembrar, planejar e prestar atenção, pudesse ser medida e comparada com um segundo grupo, que não seguiu as mesmas diretrizes.

De acordo com o professor Naiman Khan, líder do estudo, a função executiva é a capacidade de se concentrar em objetivos, ele explica: “Inclui habilidades como controle inibitório, que permite regular seus pensamentos, emoções e comportamentos; memória de trabalho, que regula sua capacidade de reter informações por tempo suficiente para realizar uma tarefa; e flexibilidade cognitiva, a habilidade com que você muda sua atenção entre tarefas ou demandas concorrentes.”

As famílias das 356 crianças, que participaram dessa nova pesquisa também participaram de outro estudo da Universidade de Illinois, que acompanha crianças desde o nascimento até os 5 anos de idade e analisa os fatores que predizem seus hábitos alimentares e trajetórias de peso. O estudo utiliza dados coletados oito vezes, ao longo de cinco anos.

Os resultados obtidos apontaram que crianças, que passavam menos de 60 minutos por dia de olho em telinhas, tinham uma capacidade significativamente maior de controlar ativamente sua própria cognição, do que aquelas que passavam mais tempo olhando para telefones, tablets, televisões e computadores. Crianças que praticam atividade física todos os dias também se saíram muito melhor em testes de memória do que aquelas que não praticam atividades físicas regularmente.

Mas, cabe aos adultos apresentarem alternativas para o uso das telas, propondo atividades e brincadeiras que façam as crianças esquecerem um pouco da tecnologia que, cada vez mais toma conta do tempo de gente grande e pequena.